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Veja respostas para dúvidas sobre a pílula anticoncepcional

Milhões de mulheres utilizam diariamente a pílula anticoncepcional, há mais de 50 anos, símbolo da emancipação feminina. Apesar de seus vários benefícios, é preciso ficar atenta.

Algumas notícias chamaram a atenção na imprensa, em junho deste ano, a respeito da suspensão da distribuição, comercialização e uso de um anticoncepcional de nome comercial Gynera, cuja composição é gestodeno e etinilestradiol. O medicamento, fabricado pelo laboratório Bayer, não apresentou os resultados exigidos pela legislação sanitária e foi suspenso pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Além da suspensão, a empresa vai recolher o estoque existente no mercado.

Essas medidas reacendem o debate sobre mitos e verdades a respeito dos anticoncepcionais orais. Isto porque, a pílula anticoncepcional sempre foi um método de contracepção cercado de controvérsia e polêmicas, que deram origem a mitos e verdades que o envolvem.

Na verdade, há muitos cuidados que precisam ser tomados antes e durante o uso da pílula anticoncepcional, o método mais popular usado pelas brasileiras. A pílula, como é chamada, é uma combinação de dois hormônios, o estrogênio e a progesterona, semelhantes aos naturais produzidos pelos ovários da mulher. Existe também a minipílula, composta apenas de progestogênio, em dose baixa. Há muitas dúvidas que surgem entre as mulheres, a respeito da pílula anticoncepcional combinada.

Entretanto, os efeitos do remédio são mais amplos no organismo feminino do que apenas o controle da fertilidade, interferindo na saúde de forma geral, segundo afirmam alguns ginecologistas. Apesar do uso generalizado, ainda surgem dúvidas quanto aos efeitos da pílula.

Recentemente algumas ações de esclarecimento foram adotadas por serviços públicos de saúde, como é o caso da Coordenação-Geral de Saúde das Mulheres, da Secretaria de Governo do Estado de Minas Gerais. Algumas das orientações propostas para as dúvidas mais frequentes merecem ser divulgadas para o público feminino em geral, que faz uso de anticoncepcionais.

Veja respostas para dúvidas sobre a pílula anticoncepcional

Imagem: Getty

Dúvidas sobre a pílula anticoncepcional

Há alguma contraindicação para o uso da pílula anticoncepcional?

Os métodos anticoncepcionais são indicados pelos médicos de acordo com critérios clínicos. O médico analisa a condição da usuária e diante dos critérios médicos verifica se há alguma limitação para o uso desse método e se outros métodos são mais indicados. Cada método tem seus riscos e benefícios e cabe ao profissional de saúde avaliar qual deles se enquadra melhor no estilo de vida da paciente e nos cuidados com a saúde.

Como escolher um método anticoncepcional?

Para escolher o melhor método anticoncepcional, a mulher, em qualquer idade, deve decidir com base em informações as mais completas, atualizadas e corretas. A mulher precisa decidir de forma livre e mediante essas informações e essa é a orientação essencial.

A pílula anticoncepcional não falha?

Nenhum método é 100% eficaz, todos tem alguma taxa de falha. A pílula anticoncepcional pode falhar, dependendo da rotina da própria mulher que a utiliza. Isto porque o esquecimento de ingerir os comprimidos e a irregularidade da dosagem é que leva à falha. A mulher não pode se esquecer de tomar a pílula e sempre deve tomar no mesmo horário, diariamente. Para evitar o esquecimento, a dica é colocar o dispositivo com os comprimidos num lugar de fácil acesso, como ao lado da cama, quando poderá tomar na hora de dormir ou acordar.

Qual é o efeito da pílula anticoncepcional? Ela é abortiva?

O efeito da pílula anticoncepcional é o de impedir a ovulação. Sem a ovulação, não há fecundação e, portanto, ela não é abortiva. Os hormônios da pílula tem efeito no espessamento do muco cervical, dificultando a mobilidade dos espermatozoides. 

Existem medicamentos que alteram os efeitos da pílula anticoncepcional?

Sim. Os hormônios da pílula interagem com alguns antibióticos, o que pode reduzir o seu efeito. Se for uma pílula de baixa dosagem, pode ocorrer a ovulação e, portanto, a gravidez.

Alguns medicamentos podem interferir, provocando, por exemplo, sangramentos fora dos períodos menstruais. Pode ocorrer também do anticoncepcional alterar a ação de alguns tipos de medicamento. É importante conversar com um médico para saber o que pode acontecer quando a mulher estiver tomando outros medicamentos. Em alguns tratamentos, pode ser necessário que a pílula seja substituída por outro método, para prevenir a gravidez.

O que fazer se esquecer de tomar a pílula do dia? E se isso acontecer em mais de um dia?

Quando acontece o esquecimento em um dia, deve-se tomar a pílula esquecida, assim que lembrar e, no horário habitual, tomar a do dia, normalmente. Seguir tomando as demais, uma por dia.

Caso aconteça de se esquecer de tomar a pílula por dois dias ou mais, deve-se tomar uma imediatamente e evitar relações sexuais durante sete dias, o que é chamado método de barreira. Se ainda sobrarem sete ou mais pílulas na cartela, continuar tomando o restante, uma por dia, normalmente. Se restar uma quantidade menor do que sete, a indicação é seguir tomando uma por dia e, sem intervalo, começar uma cartela nova no dia seguinte à última pílula. Nesse caso, a menstruação não vai ocorrer.

Se acontecer relações sexuais nesse período, pode ser adotada a anticoncepção de emergência, ou a também conhecida pílula do dia seguinte. A contracepção de emergência precisa ser tomada o mais cedo possível, não podendo ultrapassar 72 horas depois da relação sexual. Ela pode ser conseguida gratuitamente em Postos de Saúde e não é necessária prescrição médica.

Durante o uso de uma cartela mensal, pode ocorrer um pequeno sangramento?

A ocorrência de um pequeno sangramento entre as menstruações é comum, principalmente nos primeiros meses do uso de uma pílula. Quando se muda de pílula isso também pode ocorrer. O sangramento intermenstrual deve ser investigado se persistir por mais de 10 dias, para ser avaliado o uso da pílula e se permanecer após três meses outras causas devem ser investigadas.

É necessário um período de descanso da pílula anticoncepcional?

Isso não é necessário. Essa costuma ser uma causa frequente de gestações inesperadas. Não há necessidade da mulher interromper o uso da pílula para descanso, mesmo que ela venha sendo usada por longo período de tempo. Na literatura médica não há justificativa para essa decisão.

A pílula previne doenças de transmissão sexual?

Não, a pílula anticoncepcional não impede a ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis (DST). O único método de impedir que elas ocorram é o preservativo masculino ou feminino, e para tanto ele é indicado em todas as relações sexuais, independentemente da mulher estar tomando a pílula. Para a prevenção das doenças como a AIDS é preciso usar a combinação dos dois métodos, a camisinha e a pílula.

A partir de que idade a pílula anticoncepcional pode ser tomada?

A pílula pode ser usada a partir da adolescência até a menopausa, considerando os critérios clínicos da mulher, dosagens, tolerância e controle de efeitos colaterais.

A pílula pode provocar varizes ou trombose?

Verdade. Quanto maior a dose de hormônios, maior o risco de efeitos colaterais, como varizes ou trombose. O médico deve avaliar os riscos e benefícios. Se ocorrer uma gravidez, ela também pode provocar inflamações nas veias. A dosagem do hormônio é muito importante. Uma pílula com 35 microgramas de etinilestradiol oferece muito mais risco do que uma pílula com 15 microgramas. O tratamento deve ser individualizado para cada paciente. Existem mulheres com antecedentes de doenças varicosas ou tromboses, nesse caso é conveniente optar por não tomar a pílula. Existem fatores associados que também aumentam o risco, como trabalhar em pé, excesso de peso, sedentarismo e outras doenças que possam existir previamente. Para decidir quanto ao uso da pílula, o médico deve analisar a paciente clinicamente e através de exames, para prevenir efeitos colaterais e proporcionar esse benefício.

É seguro tomar cartelas sem intervalo, para não menstruar?

Verdade. Segundo a opinião de ginecologistas, não há problema. Mas é preciso avaliar caso a caso. Se a mulher sofre de dores ao menstruar, emendar cartelas sem intervalo pode ser um benefício. Pode ser aconselhável tomar a pílula por três ou quatro meses seguidos e então parar para menstruar e voltar a tomar novamente, em um sistema intercalado. Dessa forma, a mulher vai menstruar apenas três ou quatro vezes no ano, ao invés de mensalmente. Se for uma paciente que se sente bem durante o ciclo menstrual, o ideal é que cada cartela seja seguida de um intervalo, para evitar superexposição aos hormônios.

Tomar a pílula durante muito tempo pode levar à infertilidade?

Mito. O que pode acontecer é que depois da mulher parar de tomar a pílula a menstruação não ocorrer ou a gravidez não acontecer imediatamente. A mulher continua infértil por efeito da pílula. No entanto, esses casos se resolvem sem medicação num período de no máximo seis meses, é um período chamado de síndrome pós-pílula. A síndrome depende do efeito da pílula em cada paciente e não do tempo em que a pílula foi utilizada. 

A pílula interfere na libido da mulher?

Depende do tipo de pílula e sua quantidade de hormônios. Sendo que a maior parte das pílulas contém dois hormônios, o estrógeno e o progestágeno, que age no receptor da progesterona. O efeito colateral do progestágeno é o inchaço, com a retenção de líquidos, além de, em algumas pacientes, interferir na libido, diminuindo o apetite sexual. Um efeito benéfico desse hormônio é reduzir a oleosidade da pele e a ocorrência de acne.

A pílula pode ser tomada por indicação de uma amiga ou automedicação?

Não. Antes de tomar a pílula é preciso que um médico avalie se não há uma contraindicação, de acordo com o histórico de cada mulher. Por exemplo, o levonorgestrel não é indicado para quem tem o colesterol alto.

A pílula ajuda a quem costuma ter cólicas menstruais?

Sim, a cólica costuma acontecer durante a ovulação. Como a pílula impede a ovulação e a produção da prostaglandina, diminuem as cólicas menstruais.

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Um Comentário

Julia

Olá,

E quanto as injeções? Posso tomar sem pausa? Gostaria de saber mais sobre o acetato de medroxiprogesterona e o cipionato de estradiol. Estou querendo começar a usar o Cyclofemina que contém esses ativos. Pesquisei em outro site mas não achei sobre esse assunto específico.

Aguardo!

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