Desde o dia 25 de outubro de 2014, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), profissionais de saúde, mães e pais poderão opinar através da internet sobre um assunto que gera muita polêmica: o grande número de cesáreas realizado nos hospitais particulares brasileiros.
Os especialistas da saúde dizem que a cesárea traz mais riscos para a criança e mãe, mas mesmo assim 84% dos partos realizados em locais particulares engloba este tipo de procedimento na hora do parto, sendo que o recomendado é de apenas 15%, conforme a Organização Mundial da Saúde.
Para combater este problema, a ANS está propondo que a mulher ganhe um Cartão da Gestante onde constará dados do seu pré-natal que deverá ser apresentado na maternidade, junto de um Partograma, onde haverá um relatório sobre a saúde do bebê e da mãe.
Imagem: Getty
Além disso, os planos podem ser obrigados a divulgar a porcentagem de partos normais e cesáreas realizados em hospitais privados. Desta maneira, se esta for uma norma aprovada, a mulher pode entrar em contato com seu plano de saúde e saber o tipo de parto que o hospital e médico faz com mais frequência.
Diante da informação sobre a cesárea ou parto normal, a gestante poderá optar se deseja mesmo fazer seu pré-natal e depois o parto com aquele profissional e naquele hospital.
Muito se cria de mitos sobre os tipos de partos, o que leva à desinformação e depois à polêmica sobre o melhor tipo de parto. Porém, sabendo um pouco mais sobre estas verdades é possível realizar uma boa escolha na hora de ter seu bebê. Por exemplo, só porque a criança está sentada não significa que tenha que fazer uma cesárea.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar informou que jamais quer passar uma imagem ruim da cesárea, já que ela é necessária em muitos tipos de partos e salva vidas, mas querem lembrar que este procedimento pode aumentar em 120 vezes a probabilidade de problemas respiratórios na criança, além de trazer três vezes mais risco de morte para a mãe. Vale dizer ainda que 25% dos óbitos neonatais no Brasil estão ligados ao nascimento prematuro, quando há um procedimento de cesárea desnecessário.
Mesmo concordando que deve-se haver medidas para o controle de cesáreas no país, as medidas da ANS ainda causam polêmica entre os profissionais da área. Enquanto isso, as defensoras do Ministério Público e dos direitos das mulheres moveram a ação a fim de cobrar mais medidas da agência e concordam com a obrigação da divulgação da taxa de cesárea, mesmo achando que este é um primeiro passo para o problema.
Quando se fala então sobre a classe médica, um representante afirma que isso “viola a autonomia médica”.
E você, o que acha desta polêmica entre parto normal e cesárea? Acha que está certo obrigar os planos a divulgar a taxa de cesárea e criar o Cartão da Gestante junto com o Partograma para melhorar estes números no país ou acredita que estas medidas não vão melhorar esta porcentagem de cesariana nas redes privadas?
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