Mesmo que o ideal seja a melhoria dos planos de saúde com o passar do tempo e com as falhas na saúde pública, o número de reclamações feitas à Agência Nacional de Saúde Suplementar, ANS, aumentou em cinco vezes nos últimos quatro anos, de acordo com informações divulgadas pelo jornal O Estado de São Paulo através da Lei de Acesso à Informação.
No ano de 2013 foram recebidas 72 mil reclamações de pacientes que não conseguiram liberação para procedimentos, o que totaliza uma média de 8 reclamações por hora. Já no ano de 2010, esta reclamação era de 13 mil somente, significando um aumento de 440%.

Imagem: Dollar
O diretor-presidente da ANS, André Longo, disse que este aumento tem a ver com o fato de as pessoas estarem buscando e lutando mais por seus direitos, coisa que antes não acontecia. Além disso, as regras de prazos para atendimento criadas em 2011 pela ANS também influenciam, pois mais de um terço destas queixas tem a ver com atrasos no atendimento.
Porém, mesmo diante destas novas exigências, houve um crescimento de beneficiários, o que resultou em mais reclamações. Para se ter uma ideia, no ano de 2010 eram 45,1 milhões de beneficiários de planos médicos, com uma média de uma reclamação para cada 3.365 beneficiários. Já em 2013, quando 50,5 milhões já possuíam o plano, as reclamações foram em uma para cada 697 beneficiários.
Para o gerente técnico do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Carlos Thadeu de Oliveira, além do fato de os clientes conhecerem mais seus direitos e irem atrás deles, as empresas estão fazendo de tudo para recusar procedimentos e diminuírem os custos, o que explica este problema.
Além disso, as operadoras já instruem os médicos a pedirem menos exames e procedimentos caros, mas como nem sempre é possível, quando o pedido é entregue ao paciente, pode ser recusado pela operadora, o que gera este grande número de reclamações.
Houve um caso de um paciente que teve que entrar com ação na justiça e gastar cerca de R$ 8 mil com advogados para ter a cirurgia bariátrica que era comprovadamente algo necessário para sua saúde, autorizada pelo plano.
A advogada Renata Vilhena Silva, especialista em direito à saúde, fala que o número de pessoas que recorrem à Justiça diante de negativas de planos de saúde aumenta cerca de 30% ao ano. São cerca de 80 processos que recebe por mês, sendo que em 95% dos casos os pacientes conseguem ganhar.
E você, o que acha sobre este grande aumento no número de reclamações sobre planos? Acredita que isso se deve ao abuso de algumas pessoas por quererem utilizar o plano de forma errada ou acredita que a maior parcela de culpa é mesmo das operadoras, que muitas vezes querem somente conseguir novos beneficiários e depois não conseguem dar conta do aumento da demanda para exames e novos procedimentos?
O que acha que pode ser feito para diminuir este número e para que todos fiquem satisfeitos com seu plano de saúde?
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