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Conheça as expectativas por uma vacina para a AIDS

Há um esforço em todo o mundo e uma promessa para que a comunidade científica encontre uma vacina para a AIDS. Uma vacina irá representar um papel extraordinário para assegurar o fim da doença.

As vacinas são os mais poderosos instrumentos de saúde pública disponíveis. Uma efetiva vacina preventiva contra o vírus HIV ensinará ao organismo como se prevenir contra essa infecção. Embora vacinas efetivas ainda demorem alguns anos, existem agora mais razões para esperança do que antes. Pesquisadores estão trabalhando para expandir o resultado de um teste feito em 2009, que mostrou, pela primeira vez, uma vacina que pode reduzir o risco de uma infecção por HIV.

Existem equipes que estão desenvolvendo pesquisas inovadoras. No mês de setembro foram divulgadas experiências com outras estratégias para vacinas, que incluem anticorpos que neutralizam de forma ampla uma grande variedade de cepas de HIV. Ao mesmo tempo há um animador trabalho que está se esforçando para compreender como curar pessoas já infectadas pelo HIV. O cronograma desse trabalho é longo e ainda incerto.

Nisto também o direito é necessário, para sustentar esses esforços, que hoje dependem da continuidade das verbas de apoio às pesquisas. Os que decidem as políticas públicas e os investidores ao redor do mundo devem ter a coragem de financiar as pesquisas para a importante vacina contra o HIV no futuro próximo e os defensores dos direitos precisam manter a pressão sobre eles para cobrar seus compromissos.

Conheça as expectativas por uma vacina para a AIDS

Imagem: Getty

Novas vacinas testadas com sucesso

A revista científica “The Lancet” publicou um estudo que demonstrou resultados positivos contra diferentes cepas do vírus HIV. O teste a vacina foi realizado em 5 países, em macacos rehsus e conseguiu proteger 67% da população de macacos da amostra.

A pesquisa foi realizada por uma equipe de cientistas de Israel, que avaliou uma nova vacina em seres humanos. Os testes foram realizados em macacos rehsus de cinco países: África do Sul, Tailândia, Ruanda, Uganda e Estados Unidos. A aplicação da vacina em pacientes voluntários teve respostas muito convincentes de imunidade contra o vírus.

A vacina é composta de uma enorme variedade de sequências genéticas que estão presentes em diferentes cepas do vírus HIV, num verdadeiro mosaico para uma proteção eficiente. A equipe de cientistas foi liderada pelo Dr. Dan H. Barouch, professor da Faculdade de Medicina de Harvard, que comandou a aplicação de uma dose padrão da vacina em 393 pessoas saudáveis voluntárias, para testar a segurança, a tolerância e o poder de reação para a imunidade.

O estudo demonstrou que essa vacina mosaico de amplo espectro levou a respostas imunológicas fortes e que são comparáveis, tanto para a população humana, como também entre macacos. A mesma vacina foi aplicada para humanos e macacos rehsus, com a diferença de que os macacos foram infectados com o vírus depois da vacina e a proteção contra a doença foi de 67%.

Segundo especialistas, esta é a quinta tentativa de vacina contra o HIV que é testada em humanos, desde que surgiu a AIDS, há 35 anos. Os resultados completos e conclusivos do estudo serão publicados entre 2021 e 2022, informam os autores.

Vacina americana

A revista “Nature Medicine” publicou em junho deste ano, resultados de pesquisa com uma vacina experimental contra HIV, que está sendo desenvolvida pelo NIAID – Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, dos Estados Unidos. A nova vacina é capaz de proteger contra dezenas de variedades do vírus.

A vacina utiliza a estrutura de um local que seja vulnerável ao HIV e ali induz à produção de anticorpos. Ela foi testada em macacos, camundongos e porquinhos-da-índia e conseguiu neutralizar uma grande variedade de cepas do vírus. Agora, deverá ser testada em seres humanos, a partir do segundo semestre de 2019.

Vacina testada na África do Sul

Uma vacina está sendo testada na África do Sul. Ela é uma combinação de duas outras vacinas, desenvolvidas pela Fundação Bill & Melinda Gates, em parceria com a Johnson& Johnson e os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH). Os resultados serão publicados no prazo de 3 anos.

Foram diagnosticados 1,8 milhão de novos casos diagnosticados de infecção por HIV em todo o mundo, em 2016. São 160 mil casos na Europa. Nenhuma vacina preventiva foi ainda licenciada. Os desafios para que isso aconteça são imensos e sem precedentes. Isso porque, mesmo quando se consegue uma resposta de imunização a um tipo de HIV, isso não significa que o ser humano vai estar protegido contra outro tipo de vírus, que está sempre em mutação.

Um ensaio clínico que está sendo aplicado na África do Sul abrange uma população de 2.600 mulheres, que correm o risco de infecção. Especialistas afirmam que uma vacina efetiva é ansiosamente esperada, porque muitas tentativas com vacinas experimentais não se concretizaram. Essa nova vacina pode ser um grande avanço, apesar de não se acreditar que será a vacina definitiva, declarou Jean-Daniel Lelièvre, do Instituto de Pesquisa de Vacinas. É possível que se obtenha uma boa vacina administrável somente no prazo de 10 anos.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 37 milhões de pessoas em todo o mundo estão convivendo com a AIDS ou o vírus HIV. Desde os anos 1980, quando o surto se iniciou, a doença já matou 35 milhões, entre os 80 milhões que foram infectados.

Portugal é o país europeu entre os mais bem sucedidos contra o HIV

Na luta contra o HIV, Portugal é um dos países europeus mais bem sucedido. As pessoas que foram diagnosticadas e os doentes em tratamento deixaram de transmitir o vírus, de acordo com o que declarou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Portugal tem feito um trabalho exemplar na prevenção e tratamento dos doentes de AIDS. Os objetivos estabelecidos pelas Nações Unidas (ONU) para o combate à doença foram praticamente atingidos.

O programa da ONU, chamado de 90/90/90, previa que até 2020, 90% das pessoas contaminadas estejam diagnosticadas, 90% estejam em tratamento e 90% dos pacientes contaminados já não transmitam a infecção. Portugal está ao lado de países como a Islândia, Dinamarca, Grã-Bretanha, Suécia e Irlanda do Norte, que já alcançaram a meta dos 90/90/90.

Regina Di Ciommo

Mestre e Doutora em Sociologia pela UNESP, pesquisadora na área de Ecologia Humana e Antropologia, Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental, foi professora em cursos superiores de Sociologia e Direito, nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Bahia.

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