Cada vez mais se ouve falar em dietas da moda e uma delas visa remover o glúten do cardápio. Ele é uma proteína encontrada em alguns alimentos, como o centeio, cevada, trigo e nos demais pratos preparados com eles.
Existem algumas pessoas que possuem restrição alimentar a essa proteína por ter a doença celíaca (DC), que causa intolerância a ela. A DC afeta apenas 1% da população e faz com que ocorra a inflamação do intestino delgado.
Porém, as demais pessoas devem continuar a consumir o glúten, entretanto, em busca de um corpo perfeito, algumas acabam colocando a sua saúde em risco.
Apesar do número de pessoas com doenças celíacas permanecer estável nos últimos anos, as pessoas que adotam dietas restritivas aumentaram, segundo levantamento publicado na revista JAMA International Medicine.
Além de não ser indicado para as pessoas que não possuem problemas restritivos em relação aos alimentos, ela pode custar caro. Os produtos sem glúten podem ter um preço até 86% maior do que os que os têm em sua composição, segundo um levantamento da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Imagem: Getty
Por que o consumo de glúten é indicado?
Um levantamento realizado pela Escola de Medicina de Harvard apontou que o glúten não aumenta o risco de doenças nas pessoas não celíacas. Pelo contrário, alguns dos alimentos podem reduzir o risco dessa doença.
Para chegar a essa conclusão, foram analisados dados de mais de 64.714 mulheres e 45.303 homens entre 1986 e 2010.
Substituir a farinha de trigo por outras faz com que haja a redução da ingestão de fibras, proteínas, vitaminas e minerais.
Os produtos utilizados como substitutos costumam ter um alto índice glicêmico, fazendo com que haja o aumento da quantidade de açúcar no sangue. Isso pode contribuir para o ganho de peso e o surgimento de algumas doenças, como a diabetes.
Inclusive, existem estudos que tentam provar que a retirada do glúten contribui para o emagrecimento. Isso com base na premissa de que ele seria um estimulador de apetite, entretanto, os resultados não têm indicado esse fator e não comprovam a teoria.
Sem que haja nenhum tipo de comprovação científica, ainda prevalece a regra de que manter uma dieta equilibrada é a melhor solução para à saúde. Portanto, ingerir glúten deve fazer parte da rotina, porém, o exagero não é recomendado.
O glúten não é responsável pela perda de peso
Como já dito, substituir as farinhas pode fazer com que haja um aumento das taxas de açúcar no sangue, fazendo com que ocorra o ganho de peso. Isso muitas vezes, ocorre com a pessoa que opta pela dieta sem glúten e acaba deixando de consumir determinados alimentos.
Não era o glúten que estava fazendo com que a pessoa não emagrecesse, mas o fato de ela comer errado. Consumir pães, pizzas, bolos, massas faz com que o ponteiro da balança suba, mas, se eles são tirados da dieta, realmente haverá a perda de peso.
Isso ocorre sempre que se cria e segue um cardápio balanceado, tanto que muitas pessoas conseguem perder uma grande quantidade de peso ingerindo o glúten.
O ideal é ter o auxílio de um nutricionista para estabelecer a melhor alimentação para cada indivíduo. Isso pode resultar no emagrecimento e em uma vida mais saudável.
Portanto, quem deseja emagrecer, não deve retirar o glúten do cardápio, mas mudar a alimentação. É permitido comer qualquer tipo de alimento, desde que não se tenha nenhuma doença.
Dessa forma, não coloque a saúde em risco e nem siga uma dieta da moda que pode trazer consequências para a saúde.
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