Estudo identifica potencial pandêmico em novo vírus da gripe descoberto na China.
Com o mundo ainda vulnerável pelos danos que o novo coronavírus vêm causando, foi descoberto, também na China, um novo vírus da gripe, semelhante ao H1N1, mas com um forte potencial pandêmico.
Tal vírus tem os porcos como hospedeiros. Mas os cientistas já estão preocupados com a mutação, que pode ser ainda maior, e alcançar as pessoas de forma descontrolada. Ou seja, desencadear um novo surto a nível mundial.
Apesar de as mortes causadas pelo novo coronavírus já terem superado 500.000, infectando milhões de pessoas em todo o mundo, especialistas acreditam que o vírus da Covid-19 não é o mais perigoso que a humanidade pode enfrentar.
Imagem de Roy Buri por Pixabay
Novo vírus da gripe: o que dizem os especialistas
De acordo com cientistas, o G4 EA H1N1, assim chamado, pode se multiplicar nas células que fazem parte das vias aéreas. Apesar de ter os porcos como hospedeiro, o vírus pode sofrer uma mutação, disseminando rapidamente entre as pessoas, originando uma nova pandemia.
Cientistas chineses relataram uma descrição do vírus, em que identificaram, em porcos, uma nova cepa do vírus da gripe, parecido com o H1N1 que, em 2009, causou uma pandemia. Os pesquisadores identificaram indícios de infecção em humanos que trabalham na indústria de suínos.
Após coletarem 30.000 amostras de raspagem nasal tanto nos matadouros, quanto em clínicas veterinárias de 10 províncias chinesas, foram isolados 179 tipos diferentes de vírus pelos cientistas. O G4 foi descoberto como sendo um dos mais infecciosos e nocivos. Além disso, a pesquisa mostrou que ele é capaz de se reproduzir em células humanas.
Exames sanguíneos mostraram que 10,4% dos profissionais do setor já foram infectados, estes já adquiriram anticorpos.
Novo vírus pode ser ameaça
Imagem de Vesna Harni por Pixabay
As vacinas da gripe já existentes não parecem ser tão eficazes contra esse novo vírus. Então, pesquisadores informam que estas precisam ser modificadas para se obter a imunização certa contra o novo vírus.
Kin-Chow Chang, da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, informou que sua equipe está focada ainda na COVID-19. Ele alega que, ainda assim, não vão deixar de dar atenção necessária a novos vírus que possam surgir, como é o caso do novo vírus da gripe suína, que é potencialmente perigoso.
Conforme publicado na revista da Academia Nacional de Ciências britânica, os pesquisadores estão adotando medidas que visam o controle do vírus, antes que este se espalhe. Além disso, ambos estão monitorando os trabalhadores desse meio, de forma a não dar brecha a uma fonte de vírus pandêmico.
Soluções contra novo vírus da gripe suína são testadas
Imagem de Gerd Altmann por Pixabay
Existe um grupo de cientistas que acompanham a evolução da Influenza para realizar as devidas modificações nas vacinas para proteger a população. Este assunto está em aberto e deve ter novas pesquisas com mais frequência e ampliada para a sociedade.
O cientista defende que as vacinas sejam modificadas antes mesmo do surto da doença acontecer entre as pessoas. Segundo ele, é melhor estar prevenido antes mesmo que o impacto seja maior.
Última pandemia
A última pandemia que teve como princípio nos porcos, a conhecida gripe suína, a H1N1 teve seu auge no ano de 2009. Embora o mundo estivesse com a alerta ligado para a doença na época, o nível de pandemia se deu mais por conta de o problema ser global, do que pelo agravamento da doença.
O H1N1 ficou conhecido há alguns anos, quando uma epidemia dessa gripe causou milhares de mortes no Brasil. Com os mesmos efeitos das outras doenças, que vem do vírus influenza, como febre, enjoo, dores de cabeça, tosse e espirros. Porém, a diferença estaria as suas complicações, que são um pouco diferentes.
A sua forma de transmissão também é bastante comum, como por meio de partículas que mantém o vírus ativo por horas. Entre elas, nas roupas, maçanetas, mão e objetos em geral. Ou seja, o vírus é transmitido por meio do contato da saliva da pessoa infectada, bem como de secreções respiratórias.
Para evitar a disseminação do vírus, é importante que as pessoas sejam imunizadas, especialmente, as do grupo prioritário. Além disso, medidas de higiene devem ser continuadas em qualquer ambiente e por pessoas de todas as faixas etárias, assim como também manter os locais sempre arejados.
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