ANS estabelece regras para que os planos de saúde disponibilizem o parto normal.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o parto normal tenha prioridade, pois isso permite que o bebê e a mãe correm menos riscos. Ela recomenda que apenas 15% dos partos sejam cesárea.
No Brasil esse índice ainda está longe de ser alcançado. Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde em 2015 aponta que o percentual de partos normais foi de 44,5% apesar de ser o mais baixo desde 2010.
Pensando em mudar essa situação, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) criou algumas regras para que o foco das operadoras de saúde deixe de ser a cesárea.
Imagem: Getty
O direito ao parto normal
Muitas mulheres que possuem plano de saúde relatam a dificuldade de realizar um parto normal, isso porque os médicos insistem na cesárea ou cobram valores extras para a realização do procedimento.
Entretanto, a recomendação é que a cesárea seja utilizada apenas em última instância, porém, não foi o que ocorreu.
Devido a esses problemas, a ANS criou algumas regras para que as mulheres tenham o direito de ter os bebês pelo plano de saúde e para o parto normal.
O governo criou uma série de regras que visam transformar o parto de um conjunto de técnicas em um momento humanizado.
As operadoras precisam divulgar o número de partos normais e cesáreas realizados por cada médico e também por estabelecimento da saúde. O prazo para que esses dados sejam divulgados é de até 15 dias. Com isso a mulher pode escolher o profissional e o local mais adequados.
Outra exigência é o partograma que consiste no registro do trabalho de parto em um gráfico. Dessa forma, as cesáreas eletivas serão contidas e terão dificuldade para conseguir o reembolso do plano de saúde.
O cartão da gestante também deverá ser utilizado, contendo todas as informações do pré-natal. Ele permitirá o acompanhamento da saúde da mulher e que durante esse período ela entenda os riscos de cada tipo de parto e opte por um deles.
A recomendação para as gestantes que não conseguirem realizar o parto normal pelo plano de saúde é de que elas denunciem a ANS.
Os riscos das cesáreas
- Risos a saúde mental da mãe e dificuldade de iniciar a amamentação;
- Surgimento de problemas respiratórios para o bebê;
- Aumento dos riscos de morte materna e infantil;
- Aproximadamente 25% dos óbitos neonatais são relacionados ao nascimento; prematuro que pode estar ligado a cesariana.
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