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Será que o vinho tinto é bom para você?

Conheça os benefícios comprovados do vinho tinto para sua saúde, que já foram estudados intensivamente. O consumo moderado pode ajudar a viver mais, melhorando a saúde mental e cardíaca.

Em séculos passados, o vinho era usado para tratar várias condições de saúde. Nos mosteiros medievais se acreditava que os monges tinham uma vida mais longa do que o restante da população, em parte por causa do seu consumo de vinho, moderado, mas regular. Mais recentemente, a ciência está indicando que isso poderia ser verdade.

Entretanto, qualquer benefício somente pode ser obtido através do consumo moderado. O Guia Dietético dos Estados Unidos, de 2015 a 2020, define beber moderadamente como: “Até uma taça por dia para mulheres e até duas taças por dia para homens, e somente para adultos acima da idade permitida”.

Algumas pessoas, no entanto, não devem realmente beber. É melhor discutir qualquer plano de consumo de vinho com um médico.

Será que o vinho tinto é bom para você?

Imagem: Getty

Benefícios possíveis do vinho tinto

Aqui vão alguns pontos chaves sobre o vinho tinto e a saúde:

– O vinho tinto é altamente rico em resveratrol, o que pode representar vários benefícios para a saúde.

Resveratrol pode melhorar a saúde do coração, proteger contra certos tipos de câncer, auxiliar no tratamento da acne e prevenir alguns tipos de perda de visão. O Resveratrol é um composto que algumas plantas produzem para combater bactérias e fungos e para se proteger contra a radiação ultravioleta (UV). O resveratrol encontrado no vinho e na casca das uvas vermelhas.

– Uvas são grande fonte de resveratrol, ainda mais do que o vinho tinto, portanto comer essa fruta também pode ser tão bom ou melhor do que beber vinho.

– Entretanto, se você decidir beber uma bebida alcoólica, o vinho tinto é mais saudável do que a maioria delas.

Benefícios específicos para a saúde

1 – Flora intestinal e saúde cardiovascular

O Resveratrol pode melhorar a saúde do coração de várias maneiras. Em 2016, pesquisadores sugeriram que ele poderia reduzir o risco de doenças cardíacas através de seu efeito na microflora intestinal.

2 – Aumento os níveis de ácidos graxos ômega-3

Um pequeno cálice de bebida, especialmente vinho tinto, exerce o efeito de aumentar os níveis de ácidos graxos ômega-3 no plasma e nas glóbulos vermelhos do sangue. O ômega-3 protege contra doenças cardíacas e são comumente derivados de peixe. Em um estudo com 1.604 participantes, pesquisadores constataram que uma taça moderada de vinho tomada regularmente está relacionada com um aumento dos níveis de ácidos graxos ômega-3 no sangue.

3 – Efeitos na saúde do coração e no diabetes tipo-2

Um estudo mostrou que tomar uma taça de vinho tinto no jantar diminui em certo grau o risco de doenças cardiovasculares em pessoas com diabetes tipo-2 e que para elas uma ingestão moderada de vinho tinto é segura.

Os cientistas acreditam que o etanol no vinho desempenha um papel chave na metabolização da glicose e seus ingredientes não alcoólicos também contribuem para isso. Eles esperam mais pesquisas para confirmar suas descobertas. De qualquer forma, alguém com diabetes deve consultar um médico antes de consumir álcool.

4 – Circulação sanguínea e pressão sanguínea saudáveis

Em 2006, cientistas do Reino Unido (UK) observaram que procianidinas, componentes normalmente encontrados no vinho tinto, ajudam a manter a saúde dos vasos sanguíneos. Os métodos tradicionais de produção do vinho parecem ser os mais efetivos para extrair os seus componentes, levando a um maior nível de procianidinas no vinho.

Muitas pessoas acham que uma bebida alcoólica as relaxa, mas resultados de pesquisas de 2012 indicam que o vinho sem álcool também pode reduzir a pressão sanguínea. Talvez, para muitos, essa possa ser uma opção mais saudável.

5 – Protege o cérebro do derrame

O Resveratrol pode proteger o cérebro dos malefícios do derrame, de acordo com pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Johns Hopkins.

6 – Previne a perda de visão

O Resveratrol no vinho tinta pode ajudar a prevenir a perda de visão causada pelo aumento fora de controle dos vasos sanguíneos dos olhos, segundo resultados publicados em 2010. Os cientistas acreditam que ele pode ajudar não apenas pessoas com problemas de visão devido ao diabetes, mas aqueles com aterosclerose, doenças cardiovasculares e outras causas dos problemas com a retina.

7 – Prevenção câncer de colon

Cientistas do Reino Unidos relataram, em 2015, que o consumo de pequenas doses de Resveratrol pode reduzir o tamanho dos tumores em aproximadamente 50 por cento. Doses maiores reduziram o tamanho dos tumores em 25 por cento. Entretanto, outros especialistas alertam que qualquer benefício do resveratrol pode ser superado por efeitos negativos do álcool em altas doses.

8 – Prevenção do câncer de mama

O consumo regular de álcool aumenta o risco de câncer de mama, mas, graças aos elementos químicos que existem nas sementes e cascas das uvas vermelhas, as mulheres que tomam vinho tinto com moderação podem reduzir esse risco.

9 – Melhora da capacidade pulmonar

Pequenas doses de vinho tinto e, em menor proporção, o vinho branco, tem a função de melhorar e prevenir a proliferação de células de câncer no pulmão, de acordo com as mais recentes investigações.

10 – Proteção contra o câncer de próstata

Um estudo publicado em 2007 mostrou que homens que bebem quantidades moderadas de vinho tinto, tem metade da chance de ser diagnosticados com câncer de próstata do que os que nunca bebem vinho tinto. Os pesquisadores definiram consumo moderado como uma média de quatro a sete copos de vinho tinto por semana.

11 – Prevenção da demência

Uma equipe do Centro Médico da Universidade Loyola observou que o consumo moderado de vinho tinto pode reduzir o risco de se desenvolver demência. Um estudo de longo-termo com 19 países constatou que há um risco estatisticamente significante menor de desenvolver demência entre bebedores regulares de quantidades moderadas de vinho, em 14 desses países.

12 – Reduz o risco de depressão

Uma equipe de pesquisadores da Espanha relatou em 2013 que beber vinho reduz o risco de depressão. Um estudo com 5.500 homens e mulheres, de idade entre 55 e 80 anos, durante um período de 7 anos, mostrou que aqueles que bebiam entre dois a sete copos de vinho por semana estavam menos propensos a receber um diagnóstico de depressão, mesmo se fossem tomados os fatores de seu estilo de vida em consideração.13 – Prevenção de problemas no fígado

O consumo moderado de vinho pode impedir o risco de doença de gordura no fígado, em metade daqueles que poderiam desenvolver a doença, comparativamente aos que nunca bebem vinho. Aqueles que costumam beber cerveja ou cachaça, dizem os cientistas, tem um risco quatro vezes maior de desenvolver a doença do que os que bebem vinho tinto.

Vinho tinto ou branco?

O Resveratrol parece estar ligado á maioria dos benefícios para a saúde do vinho tinto. O vinho tinto contém mais resveratrol do que o vinho branco, porque ele é fermentado com as cascas e o branco não. A maior parte do resveratrol das uvas está nas sementes e nas cascas.

O consumo do vinho no Brasil

O nosso país consome em média 350 milhões de litros de vinho por ano, conforme observado em 2015. Esse consumo é muito inferior ao consumo de vinho da França, que é de 2,7 bilhões de litros. Os Estados Unidos consomem em média 3,3 bilhões, segundo a Wine Consumption. As vinícolas gaúchas são as maiores produtoras no Brasil e, em 2016, venderam 296 milhões de litros de vinhos, sucos e espumantes.

As pesquisas continuam indicando que beber vinho moderadamente faz bem para a saúde. O vinho é produzido a partir da fermentação das uvas e por décadas têm ficado evidente que há nele um fator de proteção para o coração. Com muitos resultados que nos deixam otimistas é preciso, no entanto, saber que o importante é a moderação, porque se pode facilmente passar do limite e se chegar aos prejuízos do álcool, ao invés de benefícios. Os próprios testes, como relatamos, mostram que os benefícios somente são conseguidos no consumo moderado.

Regina Di Ciommo

Mestre e Doutora em Sociologia pela UNESP, pesquisadora na área de Ecologia Humana e Antropologia, Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental, foi professora em cursos superiores de Sociologia e Direito, nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Bahia.

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