O atendimento através dos planos de saúde privados vem apresentando tantos problemas que a procura pela rede pública cresceu 50%, no período de 2013, em relação ao ano anterior.
O resultado é que os Prontos-Socorros estão lotados e o atendimento ficou ainda mais demorado, já que a infraestrutura pública não cresceu nessa proporção, para atender à nova demanda.
A pesquisa foi realizada com uma amostra de 861 pessoas, dentre as quais 422 eram residentes na Grande São Paulo e 439 no interior do estado. Cada entrevistado relatou 4 questões de conflito relacionado ao plano de saúde. Os resultados projetaram que 79% dos usuários de planos de saúde no Brasil já tiveram problemas de atendimento.
A maioria dos usuários dos planos de saúde vem enfrentando dificuldades para conseguir os serviços médicos contratados. A Associação Paulista de Medicina – APM, publicou pesquisa no final de outubro, que demonstra que os problemas do atendimento nos últimos dois anos levaram 30% dos usuários dos planos de saúde a pagarem por consultas particulares ou a procurar o SUS – Sistema Único de Saúde.
O Conselho Regional de Medicina de São Paulo informou que os problemas não se devem à qualidade no atendimento médico, mas na carência da estrutura da iniciativa privada, já que o Brasil oferece entre dois a três leitos hospitalares para cada mil habitantes, enquanto que a OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda de três a cinco. Seriam necessários mais 16 mil leitos até 2016 para que o Brasil atinja o padrão recomendado.
No entanto, a principal queixa dos usuários dos planos de saúde, constatada pela pesquisa da APM, se refere às salas de espera lotadas em consultórios e em prontos-socorros, com a grande demora no atendimento. Além disso, 47% dos entrevistados queixaram-se da dificuldade em agendar exames e conseguir diagnósticos. As falhas no pronto-atendimento foram mencionadas por nada menos do que 80% dos entrevistados. Em muitos casos existe a negativa na autorização dos exames, conforme relatado por 16% dos usuários. Poucas dessas queixas chegam ao Procon ou à ANS – Agência Nacional de Saúde, pois os usuários limitam-se a queixar-se às operadoras.
Por outro lado, o Governo está preocupado em conseguir o ressarcimento das consultas feitas pelos usuários dos planos de saúde no SUS. Foi criada uma parceria entre o Ministério da Saúde e a ANS com o objetivo de identificar o mais rápido possível os usuários de operadoras que estão sendo atendidos pela rede pública de saúde.
O direito a ser atendido pelo SUS é garantido por lei a todos os brasileiros. Mas, se existem aqueles que pagam planos de saúde e também são atendidos pelo sistema público, o governo federal deve receber o ressarcimento das despesas por parte da operadora, que deveria ter efetivado os procedimentos constantes do plano de saúde.
Os serviços de saúde gratuitos são garantidos na legislação brasileira a todos, desde o nascimento. Mas como ainda faltam iniciativas e recursos para que o sistema público de saúde atenda com rapidez e qualidade à população, muitos pagam os planos de saúde, individuais ou coletivos, na esperança de conseguir melhor atendimento. No entanto, não tem sido fácil para o consumidor brasileiro, usuário dos planos de saúde, verem reconhecidos e respeitados seus direitos.
O IDEC – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – alerta que o SUS pode ser o melhor plano de saúde no Brasil.
É possível que os planos de saúde não sejam a solução para seus clientes ou para a toda a população. É preciso que os usuários e a população em geral participe da luta pela melhoria dos serviços públicos. Os consumidores precisam deixar de ser reféns dos planos de saúde e devem conhecer e exigir o direito de todo cidadão que paga impostos e contribuições sociais.
Quem tem um plano de plano de saúde não deixa de ser um usuário do SUS, pois sempre se beneficia das campanhas públicas de vacinação; das ações de prevenção e de vigilância sanitária, do registro de medicamentos e de eventual atendimento de alta complexidade, quando este é negado pelo plano de saúde.
O orçamento do SUS para as despesas por paciente é muito abaixo dos valores dos sistemas de saúde dos países desenvolvidos e bem abaixo das mensalidades cobradas pelos planos de saúde. Além de custar caro, muitas vezes os planos negam atendimento quando o usuário mais precisa, como no caso de cirurgias de alto custo, atendimento de idosos, portadores de deficiências, tratamento de portadores de HIV e outros.
O Sistema Único de Saúde, o SUS, tem serviços gratuitos para todos, sem restrições de idade, sem exigir períodos de carência, independentemente do vínculo empregatício e fornecendo medicamentos necessários.
Os cidadãos que pagam seus impostos e também planos de saúde, pagam duas vezes para ter acesso a atendimento. Mas o que acaba acontecendo é que nem o consumidor dos planos de saúde, nem os usuários dos SUS, ficam satisfeitos com o atendimento que recebem.
Olá,
Assusta-me uma senhora com mestrado e doutorado, concordar e ainda achar bonito dizer que o SUS é melhor que plano de saúde. Duvido que a mesma não tenha plano de saúde, ainda mais com o nível de escolaridade que a senhora tem, a senhora e IDEC deveriam exigir que o governo vendesse todos os hospitais para iniciativa privada e pagasse um plano de saúde para todos os brasileiros que não os tivessem. Lógico que pegar esse monte de funcionários públicos, que não fazem nada além de política e “puxa saquismo”, e botar para fiscalizar e trabalhar.
Att.
Boa noite Leonardo,
Obrigada pela sua mensagem,
É uma pena não ter concordado com o artigo, nossos textos são feitos através de pesquisa de dados.
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Obrigada!
Olá,
Se o SUS é melhor plano de saúde, preciso de um profissional em circulação. Já fui vitima de AVC, já faço uso de AAS e Cleptogrel e em minha cidade não tem profissional que atende pelo SUS.
Obrigada.