Descubra o preço
do seu
Plano de Saúde

Descubra o preço do seu Plano de Saúde

Veja a situação de emergência com a epidemia do Coronavírus

Com o número de mortos subindo para 361, o coronavírus passou as mortes registradas na China para a epidemia de Sars, que foi de 349. Saiba quais são os sintomas, precauções e tratamento.

Desde o início do surto, a epidemia de coronavírus, com foco principal em Wuhan, na China, dobrou de tamanho a cada 7,4 dias, segundo um novo estudo. O trabalho, publicado na revista médica New England Journal of Medicine indica que, antes do final do ano, mais da metade dos casos da doença estão relacionados ao mercado que vendia animais vivos na cidade.

Veja a situação de emergência com a epidemia do Coronavírus

Imagem de leo2014 por Pixabay

Na segunda feira, 3 de fevereiro, as notícias eram de que mais dezenas de pessoas morreram na cidade de Wuhan, centro do surto de coronavírus na China, onde os hospitais estão com insuficiência e falta de pessoal, e os moradores descrevem condições cada vez mais desesperadoras.

A mídia estatal chinesa registrou 57 novas mortes na segunda-feira (03/02/2020), todas menos uma em Wuhan, capital da província central de Hubei, que está isolada há quase duas semanas, enquanto as autoridades tentam conter o surto.

O Ministério das Relações Exteriores emitiu um apelo urgente por equipamentos médicos de proteção, já que o número total de vítimas chegou a 361, superando as mortes causadas pelo vírus Sars (gripe aviária), de 2002-03, ocorridas na China continental. O número de infecções também aumentou, passando de 17.200.

Veja a situação de emergência com a epidemia do Coronavírus

Imagem de leo2014 por Pixabay

A síndrome respiratória aguda grave que ficou conhecida pela sigla SARS da síndrome em inglês “Severe Acute Respiratory Syndrome”. SARS é causada pelo coronavírus associado à SARS (SARS-CoV), sendo os primeiros relatos na China em 2002. O SARS-CoV se disseminou rapidamente para mais de doze países na América do Norte, América do Sul, Europa e Asia, infectando mais de 8.000 pessoas e causando entorno de 800 mortes, antes da epidemia global de SARS ser controlada em 2003. Desde 2004, nenhum caso de SARS tem sido relatado mundialmente.

De acordo com a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Hua Chunying em entrevista à imprensa, o que a China precisa urgentemente no momento é de máscaras médicas, roupas de proteção e óculos de segurança. Em plena capacidade, as fábricas da China só conseguem produzir cerca de 20 milhões de máscaras por dia, de acordo com o Ministério da Indústria. Esses são os equipamentos de segurança exigidos e que serão necessários para controlar e acabar com a epidemia em outros países e, portanto, precisarão ser providenciados no Brasil, caso a situação no país se agrave.

Veja a situação de emergência com a epidemia do Coronavírus

Imagem de _freakwave_ por Pixabay

O Brasil está preparado para enfrentar o coronavírus?

Segundo o médico infectologista e ex-ministro da Saúde, atual deputado federal (PT) Alexandre Padilha, o Brasil tem um corpo técnico e estruturas hospitalares para lidar com a situação.

O Dr. Padilha não considera que este seja um momento para pânico e avalia que o Brasil está preparado para uma eventual chegada do Coronavírus, apesar do desmonte na área da saúde praticado pelo presidente Jair Bolsonaro. Em casos de epidemias anteriores, o Brasil se preparou, tanto do ponto de vista da vigilância, como em relação aos serviços para cuidar das pessoas com problemas respiratórios. Há uma resiliência de capacidade técnica e de atendimento, com estruturas hospitalares capazes de lidar com essa situação, explicou em entrevista.

De acordo com o ex-ministro, o Brasil já enfrentou outras epidemias semelhantes, como o caso da Sars (gripe aviária), que em 2002 apareceu a partir da China, com cerca de 8 mil casos e 774 mortes em todo o mundo. A outra epidemia foi a da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, na sigla em inglês), que surgiu na Arábia Saudita, em 2012, causando 858 mortes. Nos últimos 18 anos, este é o terceiro surto de coronavírus, que está mostrando uma grande capacidade de mutação. A letalidade do novo coronavírus está se mostrando relativamente baixa, menor do que a da Sars e a da Mers, o que é um fator positivo.

Veja a situação de emergência com a epidemia do Coronavírus

Imagem de Arek Socha por Pixabay

Retirada de brasileiros de Wuhan, na China

O Governo do presidente Jair Bolsonaro cedeu ao apelo dos brasileiros residentes em Wuhan, na China para iniciar uma operação de retirada ou repatriação. Depois de resistir em tomar essa medida, alegando que a decisão seria um risco para o restante da população brasileira, a decisão foi tomada somente depois de brasileiros que trabalham e estudam na China terem gravado um vídeo lendo uma carta, endereçada a Bolsonaro e ao ministro das Relações Exteriores, solicitando sua volta ao Brasil. Na China, os brasileiros estão obedecendo a quarentena imposta pelo governo chinês e passarão a cumprir o procedimento no Brasil.

Os cidadãos brasileiros que se encontram na província de Hubei, onde se localiza a cidade de Wuhan, na China, epicentro da epidemia do coronavírus deverão ser trazidos ao país em uma aeronave da Força Aérea Brasileira, e aqui serão submetidos a quarentena, de acordo com procedimentos internacionais, com a orientação do Ministério da Saúde.

Segundo informou a engenheira química Ariane Castanheira, em entrevista, ao todo são entre 30 e 35 brasileiros em Wuhan e nenhum apresentou sintomas da doença. A brasileira estima em 80 o número de brasileiros residentes na cidade, mas somente 32 manifestaram desejo de voltar.

Como ocorre a transmissão do coronavírus

Transmissão do novo coronavírus ainda tem estudos em andamento, mas já há a certeza de que está ocorrendo a disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por contato. A disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma continuada. Ainda não está claro com que rapidez o novo coronavírus se espalha de pessoa para pessoa.

Veja a situação de emergência com a epidemia do Coronavírus

Imagem de Luisella Planeta Leoni por Pixabay

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, tais como:

  • gotículas de saliva;
  • espirro;
  • tosse;
  • catarro;
  • contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
  • contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Os coronavírus parecem apresentar uma transmissão com ritmo menor do que o vírus da gripe e isso faz com que o risco de maior circulação mundial seja menor. O

vírus pode ficar incubado por duas semanas em uma pessoa, até que os primeiros sintomas da infecção apareçam.

Como é feito o diagnóstico do coronavírus (nCoV-2019)

O diagnóstico do novo coronavírus (nCoV-2019) é feito com a coleta de secreções respiratórias (aspiração de vias aéreas ou escarro). É necessária a coleta de duas amostras sempre que existir a suspeita do coronavírus.

As duas amostras são encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Uma das amostras deve ser enviada ao Centro Nacional de Influenza (NIC) e a outra amostra deve ser enviada para análise de genoma, ou seja, exames de biologia molecular que detecte o RNA viral.

Os casos graves deverão ser encaminhados a um Hospital de Referência para isolamento e tratamento. Os casos leves deverão ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde (APS), com medidas de precaução domiciliar. É conveniente destacar o risco que representa para contaminação enviar o paciente para casa, mesmo com um quadro leve, pois em contato com a família ele poderá disseminar a doença.

Qual é o tratamento do coronavírus (nCoV-2019)

Não existe tratamento específico para o coronavírus humano. No caso do novo coronavírus são indicados repouso e ingestão de bastante água, além de medidas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como:

  • Medicamento para dor e febre – antitérmicos e analgésicos.
  • Umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse.
  • Quando surgem os primeiros sintomas, é fundamental procurar ajuda médica imediatamente para confirmar diagnóstico e começar um tratamento.

Quais são os sintomas do coronavírus (nCoV-2019)?

Os sintomas clínicos do novo coronavírus são principalmente respiratórios, semelhantes a um resfriado, mas podem, levar à pneumonia. Os principais são sintomas são:

  • Dificuldade para respirar, isto é, insuficiência respiratória aguda.

Como posso me prevenir do contágio?

A orientação do Ministério da Saúde indica cuidados de prevenção para reduzir o risco de contrair ou transmitir o novo coronavírus. São estas as medidas:

– evitar contato próximo com pessoas portadoras de infecções respiratórias agudas;

– Lavar frequente as mãos, especialmente depois de tossir, espirrar ou do contato direto com pessoas doentes ou ambientes contaminados, como o transporte coletivo

– utilizar lenço descartável para higiene nasal;

– cobrir nariz e boca com o braço, quando espirrar ou tossir;

– evitar tocar os olhos, nariz e boca;

– não compartilhar objetos como talheres, pratos, copos ou garrafas;

– manter os ambientes bem ventilados, em casa e no trabalho;

– evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

– Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, para evitar o contato de gotículas, como máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção.

Regina Di Ciommo

Mestre e Doutora em Sociologia pela UNESP, pesquisadora na área de Ecologia Humana e Antropologia, Desenvolvimento e Sustentabilidade Ambiental, foi professora em cursos superiores de Sociologia e Direito, nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Bahia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.